PERCEPÇÃO DE CIRURGIÕES-DENTISTAS DE SETE LAGOAS FRENTE AO DIAGNÓSTICO DE PACIENTES RESPIRADORES ORAIS

PERCEPÇÃO DE CIRURGIÕES-DENTISTAS DE SETE LAGOAS FRENTE AO DIAGNÓSTICO DE PACIENTES RESPIRADORES ORAIS

Monografia

A respiração oral é uma condição frequente, principalmente em pacientes
pediátricos, e é uma situação complexa por apresentar vários fatores
etiológicos. Estudos evidenciam que a longo prazo ela pode alterar o padrão de
desenvolvimento das estruturas craniofaciais, resultando em alterações
significativas da oclusão dentária, como contração da arcada dentária superior,
palato profundo e estreito, perfis esqueléticos de Classe II ou Classe III, mordida
aberta anterior, mordida cruzada posterior, lábio superior encurtado, lábio
inferior evertido, postura dos lábios e da cabeça para a frente, alterações no
padrão de crescimento facial, face longa, ausência de selamento labial, língua
projetada para frente, aspecto de cansaço, olheiras, etc. O Objetivo do presente
estudo foi avaliar, por meio de um questionário virtual, a percepção de
cirurgiões-dentistas de Sete Lagoas (MG) acerca do diagnóstico de pacientes
respiradores orais e a conduta realizada pelos mesmos. A amostra foi composta
de 30 cirurgiões-dentistas, a maioria do sexo feminino (80%) e pós-graduado
(54%). A maioria dos participantes se considera apta para avaliar o paciente
respirador oral (63,34%) e para o fazer o correto encaminhamento do paciente
(67%). No entanto, nenhum respondente associou todas as características
listadas à respiração oral, sendo as mais citadas, aspecto de cansaço (90%),
presença de olheiras (86,66%) e obstrução nasal (83,33%). As menos
consideradas foram presença de gengivite nos dentes superiores anteriores
(36,66%) e dificuldade de concentração (50%). A maior parte dos cirurgiõesdentistas

respondeu que encaminha o paciente para outra especialidade
odontológica (76,66%) e/ou encaminha para outra área como fonoaudiologia,
otorrinolaringologista, entre outros (76,66%). Uma parte considerável dos
participantes avalia a respiração oral pelo teste de selamento labial (70%) e por
perguntas ao paciente ou responsável (70%). A maioria dos entrevistados
reconhece a infância como a época mais importante para diagnóstico do
paciente respirador oral (93%). Os resultados encontrados no presente estudo
sugerem que, embora os participantes da pesquisa se sintam aptos para fazer
a avaliação dos respiradores orais, o seu conhecimento acerca das
características associadas a essa condição e dos testes mais indicados para tal
pode ser aprimorado.

ANA FLÁVIA DE ARAÚJO SANTOS
LARISSA NASCIMENTO SILVA

Profa. Ma. Diana Gaudereto Carvalho de Freitas

Sete Lagoas 2021

Faculdade Facsete

Português

Graduação em Odontologia