TELERREABILITAÇÃO EM PACIENTES COM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
CRÔNICAS: uma revisão de literatura

TELERREABILITAÇÃO EM PACIENTES COM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
CRÔNICAS: uma revisão de literatura

Monografia

A reabilitação pulmonar é uma estratégia eficaz de tratamento dos pacientes com doenças
respiratórias crônicas, a qual pode ser realizada pelo meio remoto. Estudos prévios já
demostram que a telerreabilitação traz benefícios aos pacientes portadores de doenças
respiratórias crônicas. Entretanto, muitos ainda são os desafios para a prática da
telerreabilitação. Objetivo: Revisar as evidências científicas disponíveis na literatura sobre a
prática e os efeitos da telerreabilitação em pacientes com doenças respiratórias crônicas.
Métodos: trata-se de uma revisão da literatura integrativa, na qual a busca literária foi realizada
nas bases de dados eletrônicos MEDLINE/PubMed, Scielo e PEDro, fazendo-se combinações
das palavras-chave: telerreabilitação, reabilitação remota ou reabilitação virtual e doenças
respiratórias, bronquiectasia, doença pulmonar intersticial, doença pulmonar obstrutiva crônica
ou asma. Foram selecionados estudos publicados na língua inglesa ou portuguesa, nos últimos
10 anos, que abordassem os efeitos, barreiras e facilitadores na utilização da telerreabilitação
em pacientes com doenças respiratórias crônicas. Resultados: 43 estudos foram incluídos nesta
revisão. Trinta e três estudos abordaram pacientes com DPOC. Em sua minoria, os estudos
incluíram pacientes com bronquiectasia, asma e fibrose pulmonar idiopática. Os meios de
tecnologia utilizados foram: smartphones, tablets, computadores, videogame do tipo Wii,
dispositivos do tipo head-mounted displays (HMDs) e DVD. A telerreabilitação foi fornecida
em sua maioria por meio de conexão com a internet, utilizando softwares e websites. De acordo
com os estudos analisados na revisão, a telerreabilitação parece não ser inferior a reabilitação
em centro, em relação a melhora da qualidade de vida, capacidade funcional e controle dos
sintomas em pacientes com doenças respiratórias. As barreiras encontradas à telerreabilitação
foram: qualidade de conexão com internet, interface dos programas utilizados, a segurança do
paciente, habilidade de uso da tecnologia, o aspecto social, interação paciente terapeuta, acesso
aos equipamentos e recursos para a reabilitação e os facilitadores a manutenção do cuidado, a
conveniência, a disposição dos profissionais de saúde e pacientes em usar a telerreabilitação, a
economia de despesas com transporte, economia de tempo de deslocamento, a inserção na
realidade do paciente, o aumento do uso da internet e tecnologia de modo geral e o aumento do
monitoramento e automanejo dos pacientes. Conclusão: esta revisão demonstrou que a
telerreabilitação mostra-se ser viável, segura e eficaz para manutenção e melhora da qualidade
de vida, capacidade funcional, controle dos sintomas e automonitoramento.

RAFAELA SALES GOMES

Profa. Dra. Camila Danielle Cunha Neves

Sete Lagoas 2021

Faculdade Facsete

Português

Graduação em Fisiopterapia