UMA REVISÃO SOBRE O CONCEITO DE TRATAMENTO “ALL-ON-FOUR”

UMA REVISÃO SOBRE O CONCEITO DE TRATAMENTO “ALL-ON-FOUR”

Monografia

O objetivo deste trabalho foi revisar a literatura sobre quais indicações clínicas mais
frequentes, procedimentos cirúrgicos, protocolos protéticos e complicações em
pacientes edêntulos ou com arcos severamente reabsorvidos que recebem
implantes dentários para restaurações imediatas, seguindo o conceito “all-on-four”
na mandíbula ou na maxila. Esse conceito baseia-se no princípio de que quatro
implantes, uma combinação de dois retos anteriores e dois inclinados posteriores,
inseridos na pré-maxila ou na mandíbula anterior, fornecem suporte suficiente para
manter uma prótese fixa com arco completo. A principal indicação é uma maxila ou
mandíbula atróficas com ou sem dentes remanescentes sem esperança. A redução
do comprimento do cantilever, conseguido pela inclinação dos implantes distais,
permite uma distribuição mais ampla das forças oclusais com carga e,
consequentemente, para uma redução do estresse no pescoço do implante. As
angulações relatadas variaram entre 30º a 45º, embora esse fator dependa da
localização anatômica, e o torque de inserção, entre 25 e 50 Ncm. O comprimento e
o diâmetro dos implantes, axiais ou angulares na maxila ou na mandíbula, variaram.
O comprimento médio utilizado nos estudos foi de 10 mm e o menor diâmetro foi de
3,3 mm a 5 mm. Em relação ao protocolo protético, a prótese provisória deve ser
rígida, não flexível para evitar micromovimentos que impeçam o processo de
osseointegração do implante e ser forte o suficiente para não fraturar e a definitiva,
confeccionada com materiais de resina metalocerâmica/acrílica, reforçados com
estruturas metálicas. Quanto às complicações biológicas, como a peri-implantite,
foram relatadas em poucos pacientes após um acompanhamento médio de dois
anos. As complicações protéticas mencionadas foram a fratura da prótese acrílica
provisória e o descolamento de um elemento da prótese definitiva.
Consequentemente, é muito importante minimizar o risco por meio do controle
oclusal adequado. Na avaliação geral, os resultados indicaram uma taxa
sobrevivência de mais de 24 meses de 99,8%.

Oscar Cabero Caballero

Prof. Dr. Jocelino Lemes Soares

São Paulo 2019

Faculdade Facsete

Português

Implantodontia