Title
BRUXISMO: UMA REVISÃO
DE DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E ETIOLOGIA
DE DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E ETIOLOGIA
Subject
Monografia
Description
O presente trabalho, baseado em uma revisão sistemática da literatura, tem
por objetivo apresentar a todos aqueles da área da saúde que se interessem pela
matéria do bruxismo, em especial aos odontólogos, as várias reformulações de sua
definição e classificação, até seus conceitos mais atuais. O bruxismo, desde sua
primeira citação, em 1907, tem recebido várias definições.
Em 2013, um grupo de experts em bruxismo, de diversas partes do mundo,
apresentou, após um consenso internacional, uma definição atualizada e sugeriu um
sistema de classificação à sua operacionalização. O grupo definiu o bruxismo como
“atividade repetitiva dos músculos da mastigação caracterizada pelo apertar e ranger
dos dentes e/ou travar ou empurrar da mandíbula e o especificou não mais como
uma entidade única, mas como bruxismo do sono - BS (Sleep Bruxism - SB) e
bruxismo da vigília / do acordado - BA (Awake Bruxism - AB), dependendo do
fenótipo circadiano”. Os estudos dos últimos anos, trouxeram importantes mudanças
de paradigmas especialmente na definição e classificação do bruxismo. O termo
‘ranger dos dentes’, encontra-se, muitas vezes, nas definições de bruxismo como
sinal de identificação da condição. Em 2017, um consenso internacional de
especialistas em bruxismo, estabelece pela primeira vez, duas definições distintas:
bruxismo do sono e bruxismo do acordado. Caracterizadas pelos movimentos
próprios dos músculos mastigatórios no sono ou na vigília. O ‘ranger dos dentes’ ou
contato dentário, deixa de ser condição patognomônica para o bruxismo, conforme
observado nos pacientes edêntulos. O bruxismo do sono ocorre na maioria das
pessoas com condições orgânicas normais e não leva a danos. Por isso não deveria
ser visto como um distúrbio, mas sim, como um comportamento. No mesmo
consenso de 2017, é estabelecido o mais novo sistema de classificação para
diagnóstico de bruxismo em possível; provável e definido, de acordo com o meio
diagnóstico utilizado, como o definitivo quando o diagnóstico se confirma com
eletromiografia (bruxismo do acordado) e polissonografia (bruxismo do sono) e o
sistema de classificação quanto às consequências clínicas em: sem fator de risco;
fator de risco e fator preventivo. No bruxismo pode-se encontrar uma condição
clínica com fator de risco (ou protetivo), para algumas consequências clínicas.
Sendo considerado distúrbio apenas quando houver consequência, em alguns
indivíduos. A mais recente definição de bruxismo apresenta à odontologia e à medicina uma retificada e criteriosa descrição do bruxismo, que pode servir de
referência a estudos e pesquisa futuros. Na aplicação prática, entender estas
questões, proporciona a operacionalização das definições e classificações do
bruxismo para o favorecimento do atendimento dos pacientes bruxômanos.
Para responder à mais antiga das questões sobre o bruxismo, sobre qual
seria o ‘gatilho’ para o disparo dos movimentos mandibulares, embora as pesquisas
ainda não tenham encontrado resultados mais definitivos à sua patofisiologia,
estudos evidenciam sua origem na neurofisiologia e nos neurotransmissores. Muito
recentemente, estudos vêm confirmando um fator genético, com a identificação de
um gene relacionado à manifestação do bruxismo e com a sugestão da
hipometilação de DNA, como mais novo fator etiológico para o bruxismo.
Fatores psicológicos têm motivado inúmeras pesquisas relacionadas ao
bruxismo, no entanto, verifica-se que sua influência e importância é inconclusiva e
se mantêm em discussão.
Encontram-se inúmeras pesquisas e publicações referentes à definição,
classificação e etiologia do bruxismo, mas ainda existem muitas questões a serem
investigadas, pesquisadas e respondidas. As considerações e discussões
encontradas junto às classificações de bruxismo deixam em aberto a necessidade
de melhores critérios para o diagnóstico do bruxismo. É importante considerar que
estes estudos e discussões podem se desdobrar, em particular as pesquisas para a
etiologia do bruxismo deverão exigir muito mais pesquisa pela extensão dos seus
mecanismos e ampla complexidade dos fatores, neuroquímicos, neuropatológicos e
genéticos.
por objetivo apresentar a todos aqueles da área da saúde que se interessem pela
matéria do bruxismo, em especial aos odontólogos, as várias reformulações de sua
definição e classificação, até seus conceitos mais atuais. O bruxismo, desde sua
primeira citação, em 1907, tem recebido várias definições.
Em 2013, um grupo de experts em bruxismo, de diversas partes do mundo,
apresentou, após um consenso internacional, uma definição atualizada e sugeriu um
sistema de classificação à sua operacionalização. O grupo definiu o bruxismo como
“atividade repetitiva dos músculos da mastigação caracterizada pelo apertar e ranger
dos dentes e/ou travar ou empurrar da mandíbula e o especificou não mais como
uma entidade única, mas como bruxismo do sono - BS (Sleep Bruxism - SB) e
bruxismo da vigília / do acordado - BA (Awake Bruxism - AB), dependendo do
fenótipo circadiano”. Os estudos dos últimos anos, trouxeram importantes mudanças
de paradigmas especialmente na definição e classificação do bruxismo. O termo
‘ranger dos dentes’, encontra-se, muitas vezes, nas definições de bruxismo como
sinal de identificação da condição. Em 2017, um consenso internacional de
especialistas em bruxismo, estabelece pela primeira vez, duas definições distintas:
bruxismo do sono e bruxismo do acordado. Caracterizadas pelos movimentos
próprios dos músculos mastigatórios no sono ou na vigília. O ‘ranger dos dentes’ ou
contato dentário, deixa de ser condição patognomônica para o bruxismo, conforme
observado nos pacientes edêntulos. O bruxismo do sono ocorre na maioria das
pessoas com condições orgânicas normais e não leva a danos. Por isso não deveria
ser visto como um distúrbio, mas sim, como um comportamento. No mesmo
consenso de 2017, é estabelecido o mais novo sistema de classificação para
diagnóstico de bruxismo em possível; provável e definido, de acordo com o meio
diagnóstico utilizado, como o definitivo quando o diagnóstico se confirma com
eletromiografia (bruxismo do acordado) e polissonografia (bruxismo do sono) e o
sistema de classificação quanto às consequências clínicas em: sem fator de risco;
fator de risco e fator preventivo. No bruxismo pode-se encontrar uma condição
clínica com fator de risco (ou protetivo), para algumas consequências clínicas.
Sendo considerado distúrbio apenas quando houver consequência, em alguns
indivíduos. A mais recente definição de bruxismo apresenta à odontologia e à medicina uma retificada e criteriosa descrição do bruxismo, que pode servir de
referência a estudos e pesquisa futuros. Na aplicação prática, entender estas
questões, proporciona a operacionalização das definições e classificações do
bruxismo para o favorecimento do atendimento dos pacientes bruxômanos.
Para responder à mais antiga das questões sobre o bruxismo, sobre qual
seria o ‘gatilho’ para o disparo dos movimentos mandibulares, embora as pesquisas
ainda não tenham encontrado resultados mais definitivos à sua patofisiologia,
estudos evidenciam sua origem na neurofisiologia e nos neurotransmissores. Muito
recentemente, estudos vêm confirmando um fator genético, com a identificação de
um gene relacionado à manifestação do bruxismo e com a sugestão da
hipometilação de DNA, como mais novo fator etiológico para o bruxismo.
Fatores psicológicos têm motivado inúmeras pesquisas relacionadas ao
bruxismo, no entanto, verifica-se que sua influência e importância é inconclusiva e
se mantêm em discussão.
Encontram-se inúmeras pesquisas e publicações referentes à definição,
classificação e etiologia do bruxismo, mas ainda existem muitas questões a serem
investigadas, pesquisadas e respondidas. As considerações e discussões
encontradas junto às classificações de bruxismo deixam em aberto a necessidade
de melhores critérios para o diagnóstico do bruxismo. É importante considerar que
estes estudos e discussões podem se desdobrar, em particular as pesquisas para a
etiologia do bruxismo deverão exigir muito mais pesquisa pela extensão dos seus
mecanismos e ampla complexidade dos fatores, neuroquímicos, neuropatológicos e
genéticos.
Creator
Rosângela Magalhães Furlanetto
Publisher
ra: Professora Silvia Maria Buratti Correa
Date
São Paulo
2018
2018
Contributor
Faculdade Facsete
Language
Português
Identifier
Ortopedia Funcional dos Maxilares